O telescópio do CIGeoE, um aparelho Schmidt-Cassegrain, designado por Celestron CG-14 e é do tipo catadióptrico. Está assente numa montagem equatorial alemã astrophisics que permite compensar o movimento da Terra. O telescópio tem de 76cm de comprimento e uma abertura de lente de 14’’.
Características Técnicas:
• Tipo: Schmidt – Cassegrain
• Abertura: 14’’ (356mm)
• Abertura relativa: f/14
• Distância focal: 3910 mm
• Ocular: 4 – 40mm (aumento de 100x a 950x)
• Buscador: 7x50
• Controlador: manual
• Peso: 61,2 Kg
• País de origem: EUA
O seu funcionamento, baseia-se numa combinação de espelhos e lentes e conforme se pode observar na figura abaixo, a luz entra na lente corretora (lente de Schmidt), sendo depois refletida pelo espelho primário (espelho esférico), sendo intercetada por um espelho mais pequeno (espelho secundário) que a foca na ocular onde se forma a imagem.
Este telescópio permite apreciar com grande pormenor detalhes lunares e planetários, sendo também capaz de observações de corpos celestes menos visíveis tais como enxames estelares e estrelas binárias. É como tal, um instrumento cientifico de qualidade profissional, ideal para vários trabalhos de investigação e pesquisa, estando também vocacionado para a fotografia astronómica, tanto convencional como a realizada com aparelhos charge-coupled device (CCD).
Professora Dra. Ana Mourão
Professora Associada do Instituto Superior Técnico (IST). É membro Fundadora do CENTRA- Centro de Astrofísica e Gravitação do IST em 1994. Obteve o Doutoramento em Física na Universidade Estatal de Moscovo Lomonossov em 1988, especializando-se em Física de Partículas e Astrofísica.
Desenvolve trabalho de investigação na área de Supernovas e Cosmologia. É coautora de mais de 50 publicações em revistas científicas com milhares de citações. Tem participado em várias colaborações internacionais, destacando-se o Supernova Cosmology Project liderado pelo Prémio Nobel da Física de 2011, Saul Perlmutter. Como membro da colaboração ALerCE-Automatic Learning for the Rapid Classification of Events, participa diariamente na descoberta de supernovas com o telescópio ZTF nos EUA, sendo coautora da descoberta de milhares de supernovas.
Promove e participa intensamente na divulgação da Ciência no território Continental, Madeira e Açores. A destacar a colaboração com o Ciência Viva no âmbito de "O Espaço vai à Escola". Pela promoção da Astronomia nos Açores - o ponto mais Ocidental da Europa, recebeu em 2009 um Prémio da União Astronómica Internacional.
Colabora com o CIGeoE desde 2000, o que abriu portas à implementação do ensino de Astrofísica Observacional no IST, e pelo que recebeu vários Diplomas de Excelência no Ensino. Tem sido responsável pela componente observacional, no CIGeoE, das Escolas de Verão de Astrofísica e Gravitação organizadas pelo CENTRA desde 2002.
Astrónomo Amador José Ribeiro
Em 2004 concluiu o mestrado em astronomia pela Universidade de Tecnologia de Swinburne, Melbourne Austrália.
Em 2006 e 2009 frequ frequentou como mentor estágios de espectrografia astronómica no observatório de Alta Provença.
É cofundador da base de dados de estrelas Be, gerida pelo observatório de Paris.
É autor e co-autor deentou a escola de astrofísica organizada pelo CNRS francês em La Rochelle.
Em 2007, 2008 e 2010 29 publicações científicas que constam do repositório "NASA astrophysics data system"
Divulga astronomia desde 2004.
"Sou astrónomo amador desde que sei de mim! Observo com telescópios desde 1988." JR
Astrónomo Amador SAJ REF Mário Ramos
Astrónomo amador com interesse pelo universo desde os 5 anos de idade.
Frequentou diversas ações de formação de astronomia no Museu de Ciência da Universidade de Lisboa e no Observatório Astronómico de Lisboa.
Participante ativo no processo de escolha e montagem do observatório astronómico do CIGeoE.
Planeamento e execução de atividades de Astronomia no âmbito do programa Ciência Viva desde 1999, praticamente desde a sua criação.
Frequência de várias ações de formação de astronomia no âmbito do programa EU-HOU (European Hands on Universe).
Participação na Planetfest da "The Planetary Society" (de que foi membro entre 1989 e 2004) em 1999, em Pasadena, Califórnia, EUA.
Participação em conferências dos "Rencontres du Ciel et de espace" organizadas pela Associação Francesa de Astronomia, em diversos anos.
Membro efetivo do NUCLIO - Núcleo Interativo de Astronomia e Inovação em Ciência, desde 2004 até ao presente.
Realização de inúmeras sessões de observação astronómica em todo o território continental e arquipélago dos Açores.
Coordenador das ações do Ano Internacional da Astronomia 2009 para a zona de Lisboa e Vale do Tejo.
Tem como objeto de observação preferencial o Sol e, particularmente eclipses solares, tendo sido bafejado com o privilégio de ter observado três eclipses solares totais: 1999 em França, 2006 no Egipto e 2008 na Sibéria.
M27
A Nebulosa planetária do Haltere está situada na constelação Vulpelula e a uma distância superior a 1200 anos-luz, significando isto que a luz que hoje vemos demorou mais de mil anos a percorrer a distância desde a nebulosa até à Terra.
No centro da Nebulosa do Haltere está um ponto branco que na realidade corresponde a uma anã branca. A temperatura de superfície da anã branca é de aproximadamente 8500K. A radiação emitida pela anã branca ioniza o material (gás) à volta da estrela dando origem à emissão de luz. A cores azul e verde revelam a presença de oxigénio e hidrogénio, as cores mais avermelhadas revelam a presença de enxofre e nitrogénio. Esta Nebulosa é também conhecida como M27 por ser o 27º objeto no catálogo de Messier (sec XVIII-XIX)
M57
A Nebulosa do Anel é uma nebulosa planetária situada a cerca de 2000 anos-luz da Terra, significando isto que a luz que hoje vemos demorou cerca de dois mil anos a percorrer a distância desde a nebulosa até à Terra. No centro vê-se um ponto branco. Este ponto branco é uma anã-branca que resultou da evolução de uma estrela como o nosso Sol. A região central tem uma cor azul-esverdada indicando a presença de hélio, oxigénio e hidrogénio. A região mais exterior (avermelhada) revela a presença de nitrogénio e enxofre. Esta Nebulosa é também conhecida como M57 por ser o 57º objeto no catálogo de Messier (sec XVIII-XIX).
M71
Enxame globular de estrelas M71 situado a cerca de 13000 anos-luz da Terra. Este enxame foi descoberto em 1746 pelo astrónomo suiço Jean-Philippe Loys de Chéseaux. A classificação como M71 deve-se ao facto de ser o 71º objeto no catálodo de Messier (sec XVIII-XIX).